Salve povo!
Ontem tive a oportunidade de assistir ao filme A Estrada (The Road, 2009) com Viggo Mortensen (Trilogia O Senhor dos Anéis) e Kodi Smit-McPhee.
SINOPSE: "O mundo foi destruído há mais de 10 anos, mas ninguém sabe o que exatamente aconteceu. Como resultado, não há energia, vegetação ou comida. Milhões de pessoas morreram, devido aos incêndios, inundações ou queimadas que se seguiram ao cataclisma. Neste contexto vivem um pai (Viggo Mortensen) e seu filho (Kodi Smit-McPhee), que sobrevivem de quaisquer alimento e vestuário que conseguem roubar. Apesar dos contratempos, eles seguem viagem pela estrada, sempre rumo ao oeste dos Estados Unidos" - Adoro Cinema.
A temática do filme é a manjada situação apocalíptica após um evento catastrófico mundial. Todavia, o forte do filme não é explorar o clima caótico estabelecido, e sim os conflitos, necessidades e reflexões que o pai e o filho enfrentam nesse mundo para sobreviver.
O filme realmente não explica muito o que causou o "apocalipse", todavia seus efeitos são bem explicitados no filme. Terras inférteis, animais mortos, vegetação falecendo por todos os lados, terremotos constantes e, o pior, os conflitos de sobrevivência entre os sobreviventes, com direito a canibalismo para saciar a fome.
No meio dessa situação caótica o pai e o filho (em nenhum momento o filme apresenta os nomes dos protagonistas) nutrem a esperança de encontrar um lugar seguro e com comida seguindo pelas estradas norte americanas em direção ao sul. A máxima de acreditar e ter fé que deva existir um lugar melhor para se estar nesse, por assim dizer, "purgatório".
Durante toda a viagem, o show do filme são os conflitos de humanidade que o pai e o filho enfrentam, principalmente quando se trata de sobrevivência acima de tudo.
Desacreditado da humanidade das pessoas que encontra pelo caminho e sofrido pela perda de sua esposa amada que, por não aguentar mais a sobrevida estabelecida no mundo, desistiu da vida e da família e partiu durante uma noite qualquer rumo ao seu fim certo, o pai protege a todo custo sua única razão de viver, seu filho.
O filho, nascido durante esse estado apocalíptico, carrega consigo a inocência infantil e sofre com os atos de sobrevivência que seu pai precisa realizar.
Portanto, muitos conflitos surgem entre o pai e o filho, dando espaço para o bom trabalho dos atores e o filme explorar o clima de pavor do futuro incerto e da regressão da humanidade.
Confesso ter me sentido por várias vezes incomodado com as situações enfrentadas pelos protagonistas, pensando por várias vezes no meu filho de um pouco mais de um ano. O que me leva a concluir que o filme cumpre seu objetivo de envolve aqueles que o assistem com maestria.
Mas vocês devem estar se perguntando: o que isso tudo tem haver com RPG? Eu respondo.
Esse cenário de A Estrada é perfeito para ser aplicado o sistema de Terra Devastada, criado pelo John Bogéa e a turma da A Casa de Plástico. Principalmente no que tange ao pavor que vai, dia após dia, se entranhando nos corações dos sobreviventes. Ou seja, fiquei morrendo de vontade de narrar uma mesa usando como cenário o mundo pós apocalíptico de A Estrada.
Contudo, não me furtei de trazer minhas impressões do filme e dizer que eu o recomendo para vocês assistirem. Não só como um excelente entretenimento e inspiração para aventuras de RPG, mas também trazer à reflexão do quanto a humanidade pode se deteriorar quando o caos se estabelece.
3 comentários:
Excelente filme! Também me transportei para dentro do filme, me imaginando eu e meu filhote (de quase 10 meses de idade)
Sucesso, amigos!
Grande Ragas.
Bom comentário! Fiquei com vontade de assistir o filme. Atualmente, esse drama de pai e filhos também me interessa bastante.
Abs.
Muito massa esse filme, tinha visto a um tempo atrás e fiquei realmente impressionado. Alias, todo pai ficaria.
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