10 de abril de 2011

Super-Heróis: Informações Interessantes

Salve povo!

Recentemente assumi a responsabilidade de fazer a palestra "Introdução à Mutantes & Malfeitores" no encontro RPG Pará na Sariava do mês de maio. Graças à essa responsa, comecei a ler o próprio M&M.

Confesso que nunca havia me interessado em RPG de super-heróis. Minha tendência sempre foi para Mundo das Trevas. Mas resolvi abraçar o desafio.

Logo de cara percebi que entender M&M não seria um bicho de sete cabeças. O sistema é baseado no d20 OGL, o que me é familiar graças aos esporádicos jogos de D&D que participava com amigos. O cenário é muito fácil de assimilar, considerando que já fui colecionador de revistas em quadrinhos de super-heróis.

Mas até então, nunca havia raciocinado sobre alguns detalhes desse cenário. Graças à leitura que estou fazendo, à montagem de apresentação e à pesquisas na internet e conversas com os camaradas do RPG Pará, cheguei à informações bem interessantes, as quais irei dividir com vocês.

ORIGEM DOS SUPER-HERÓIS

Para começar, após conversar com um dos colaboradores do RPG Pará e em seguida pesquisar sobre a palavra herói, cheguei à descoberta pessoal de que o uso dessa palavra surgiu graças aos Gregos.

"Para os Gregos, o herói situa-se na posição intermédia entre os deuses e os homens, sendo, em geral filho de um deus e uma mortal (Hércules, Perseu), ou vice-versa (Aquiles). Portanto, o herói tem dimensão semi-divina" - Wikipédia, a enciclopédia livre: Herói.

Achei muito interessante entender essa conotação de herói para pessoas com habilidades "semi-divinas". O que me faz entender por que às vezes classificamos esportistas como heróis, quando eles atingem o ápice de suas habilidades, tal como Michael Jordan, com seus saltos que desafiavam a gravidade ou tal como Airton Senna, que impressionava na condução de um F1, principalmente em situações de chuva.

Todavia, a palavra herói traz consigo uma responsabilidade social, por assim dizer, muito grande. É como já dizia Ben Parker, tio de Perter Parker (Homem-Aranha): "grandes poderes trazem grandes responsabilidades.

"O herói será tipicamente guiado por ideais nobres e altruístas – liberdade, fraternidade, sacrifício, coragem, justiça, moral, paz. Eventualmente buscará objetivos supostamente egoístas (vingança, por exemplo); no entanto, suas motivações serão sempre moralmente justas ou eticamente aprováveis, mesmo que ilícitas. Aqui é preciso observar que o heroísmo caracteriza-se principalmente por ser um ato moral" - Wikipédia, a enciclopédia livre: Herói.

Como vocês puderam perceber, existe uma grande expectativa criada em torno da figura do herói, tendo ele algum tipo de habilidade especial ou não. Mas ai sirgiu um cara em 1938, usando um uniforme colante e colorido e uma capa, chamado Super-Homem. Graças à ele que o conceito de herói recebeu um "upgrade".

"Foi a partir de Super-Homem que o termo "superhero" começou a ser usado (obviamente derivado do nome do personagem), e embora o conceito original fosse muito próximo dos "heróis fantasiados" (também conhecidos como "heróis mascarados" ou "homens misteriosos") logo foi evoluindo para o que hoje nós conhecemos como super-heróis" - Wikipédia, a enciclopédia livre: Super-Herói.

Portanto, desde então, todos os seres superpoderosos e munidos, por assim dizer, de boas intenções vêm sendo classificados como Super-Heróis.


SUPER-HERÓIS E A IMORTALIDADE

Em uma conversa sobre super-heróis, com um dos colaboradores do RPG Pará, chegamos ao seguinte questionamento: por que super-heróis de resvistas em quandrinhos americanos fazem mais sucessos que outros heróis do resto do mundo?

Pensem bem. Famosos super-heróis como Super-Homem (1938), Batman (1939) e Capitão América (1941) tem mais de 50 anos de existência. Alguns mais novos como Homem-Aranha (1962) e Hulk (1962) tem mais de 40 anos. Apesar de tantos anos nas costas, esses super-heróis não apresentam sinais de envelhecimento compatível com seus tempos de existência.

Mas é graças à esse envelhecimento retardado que esses super-heróis conseguem se perpetuar entre várias gerações de fãs, consequentemente atribuindo à eles, por assim dizer, uma imortalidade.

Então nós chegamos ao seguinte entendimeto: mais vale financeiramente super-heróis em plena atividade do que aqueles que seguem uma progressão etária que consequentemente irão encontrar sua aposentadoria em alguns 10 ou 20 anos.

Portanto concluimos que enquanto houver renovação de fãs e empresários ivestindo nas franquias, esses super-heróis continuarão a existir por muito tempo, assim se tornando imortais.

O que vocês acharam dessas informações? Deixem vossas opiniões.

6 comentários:

Carlos André disse...

pow que legal o texo, estou aguardando por esse tema ai que muito me interessa, se eu tivesse conhecimento sobre regras eu ate mestraria mais desconheço o sistema e não tenho muita experiencia em mestrar mais conheço bem o tema, vai ser otimo participar de uma das mesas, pow c eu não me engano o constantine envelheçe nos quadrinhos na mesma velocidade que ele envelheceria c ele fosse real, hoje em dia ele ja ta bem velinho

John Bogéa disse...

Maravilhoso, Raga, muito bom, é por ai mesmo.

Os heróis passaram a existir para servirem de modelos para os mais jovens, desde a grécia antiga, os mais velhos contavam aos mais jovens sobre as proezas dos heróis da época, tentando transmitir para as cabeçinhas ainda em formação alguma lição de moral, de carater. A pricipal função dos heróis é dar exemplo (sempre foi).

Os heróis modernos (os super-heróis)funcionam exatamente da mesma forma, são modelos para os mais jovens, e assim como nos mitos gregos, suas histórias atravessam gerações. Caso contrário nós jamais teriamos o prazer de conhecer personagens como superman, batman, spiderman e etc. Pois eles foram feitos para a geração dos nossos avós.

O sistema d20 tem tudo haver com isso, justamente pq veio de D&D, que É um jogo sobre heróis, sobre pessoas com habilidades sobrehumanas.

Dá uma sacada também nas sagas de Beowulf. Acredito que foi umas das principais influências para a construção do Herói D&Dístico entre vários outros modernos.

Há, e dá uma sacada também no mito do "Anti-herói": Wolverine, justiceiro, Hulk, Lobo, e até o Batman virou anti-herói também.

Mike Wevanne disse...

Bom artigo, Raga, parabéns.

A título de curiosidade, o primeiro "herói mascarado" dos quadrinhos modernos (e ocidentais) foi o Fantasma.

Da DC eu não tenho a informação, mas os primeiros super heróis da Marvel foram o Namor e o Tocha Humana (o original, não o do Quarteto Fantástico). Na cronología da editora, ambos tiveram forte presença durante a Segunda Guerra Mundial, lutando contra nazistas ao lado do Capitão América.

dklautau disse...

Fala Ragas!
De fato a arqueologia do herói é algo fantástico mesmo.
Deixei alguns posts sobre como a coisa era vista na Idade Média aqui no rp´gpara há algumas semanas.

O livro do Jacques Le goff Heróis da Idade Média mostra bem essa relação.
Dicionários de Mitologia grega e romana são bem bacanas também. A editora Jorge Zahar editou o de Oxford, e o Mario Gama Kury escreveu um bom também.

O tema do herói é essencial para o rpg, ainda que seja o herói trágico.

Abs!

Unknown disse...

Muito bom o texto!
E concordo, com você quando fala sobre a imortalidade do Herói.
Bom d+

Unknown disse...

não acho que o M&M é o único sistema para super seres, a variação dos testes de atributo(habilidades no d20) são muito maceteados.

Existe o sistema da Marvel (faserip, o de pedras), e o DC universe, que são muito bons, alem de já vir com a ambientação destes universos alem de suplementos para outros quadrinhos como watcheman.

eu particularmente prefiro o mago a ascensão para narrar mesas de super heróis.

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