Tive a boa oportunidade de participar de um dos ‘playtests’ do RPG brasileiro Terra Devastada, desenvolvido por jogadores de RPG e apreciadores de zumbis.
Em novembro do ano passado postei aqui no RPG Pará uma matéria sobre os criadores do jogo, o grupo A Casa de Plástico:
Engana-se quem acredita que é “mais um jogo para baixar”. Terra Devastada tem como meta a publicação física e é por isso que seus idealizadores levam o projeto muito a sério. E falando sobre os desenvolvedores, não são garotos empolgados e sim profissionais com suas carreiras nas mais diversas áreas como biólogo, arte-educador, administrador e publicitário.
A arte é empolgante e provoca uma imersão no conceito do jogo, chegando até ser “angustiante e repugnante”, do jeito que deve ser diante de uma infestação de zumbis!
O sistema do jogo é todo um charme à parte, pois é como eu acredito que um sistema deve ser: simples, divertido e empolgante. Nada de perder tempo com tanta matemática pesada, tão comum em vários sistemas famosos. As rolagens de dados são feitas com dados comuns de seis lados (d6), aplicando uma espécie de soma de dados arremessados, de acordo com cada situação. E a parte empolgante é que pode ser qualquer dado, pois o que importa é se o resultado é par ou ímpar. Isso quer dizer que você pode realmente pegar um monte de dados quaisquer e arremessar!
Outro ponto forte do sistema foi a preocupação dos desenvolvedores em aplicar conceitos específicos do ambiente do jogo, como danos psicológicos e morais, além do tradicional dano físico.
Ainda sobre o sistema, a criação de personagem é fácil, simples e instintiva, do jeito que argumento ser o melhor. E como o sistema é letal, do jeito que os criadores planejaram, perder um personagem pode ser muito fácil, mas o sistema ajuda muito em criar outro personagem em até dois minutos. Isso pode ser ruim, mas faz do jogo muito rico e dinâmico, pois novos personagens podem ser criados e inseridos em poucos instantes, sejam para quem perdeu ou acabou de chegar e quer jogar.
Mais um ponto positivo ao jogo: se não tiver nada para fazer e quer jogar RPG, não um videogame de papel, basta um ambiente qualquer e criar os personagens rapidamente como já comentei. E nem precisa daquela velha história da taverna: os personagens estão numa infestação de zumbis!
Eu fazia muitas perguntas e sugestões enquanto jogava, mas quase tudo que eu sugeri já tinha sido pensado pela equipe. Como não sou fã da mitologia zumbi (cinema, quadrinhos, RPG), tinha muitas dúvidas. Os criadores me explicaram que suas fontes são os diversos meios que os zumbis aparecem nestas diversas mídias, como a existência de vários tipos de zumbis, os rápidos e os lentos, os tipos de contágios e animais zumbis.
O ponto fraco que percebi ou não tive tempo de ler nas regras, é que o personagem pode abranger muitas áreas do conhecimento muito facilmente, permitindo a um jogador fazer várias coisas.
O novo blog do projeto:
Gilson
3 comentários:
Aeee, Gilson. Vc é o cara! heheheh
Obrigado pela resenha e fico feliz em saber que vc gostou. Bem, ainda é uma versão de testes e tem muita coisa para aprimorar. Mas o principal já conseguimos, que era fazer um sistema rápido, original, intuitivo, dinamico, livre de pre-definições e quase sem calculos.
Ainda tem muitos playtestes antes de sair uma versão definiva. E vc será sempre bem vindo em nossos testes.
John B.
Isso, mais testes! Acredito que faltam poucos ajustes!
Gilson
rise from your grave!!!
(sim, eu adoro essa frase! hehehe!)
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