23 de novembro de 2011

Iº Encontro dos Contadores de Histórias da Amazônia



Eu nem te conto!

         Eu nem te conto, mas os verbos contar e cantar são irmãos gêmeos, frutos inconhos! Devem ter sidos criados pelo Pai Eterno logo após o Fiat Lux para tornar mais leve e colorido o fardo dos dias. Verbos sagrados com os quais tecemos, da caverna ao mundo virtual,  redes para embalar os sonhos e acalentar a vida. Por isso são tão belos e parecidos; quem conta, canta e quem canta, conta.  Ser Contador é perder o nome e ganhar um título de nobreza: O Contador.  Deixar de ser substantivo indefinido para ser, definitivamente, o artista que conta! O que faz da palavra a própria razão de ser e estar no mundo. O que conta en/cantando, o que en/canta contando!  Aquele que faz da palavra falada, contada e encantada um terno e eterno movimento de maré enchente, um rio a correr em todas as direções, penetrando ouvidos, olhos, pele, até atingir, piracema onírica que é, a alma, o coração e a mente de quem se encontra acocorado às suas margens. Portanto, se queres saber quem somos, vem, embarca na nossa igara de encantos, senta na nossa ilharga, pega teu remo, te ajeita e vamos até às cabeceiras do sonho, até o porto in/seguro da imaginação e lá verás que o real e o imaginário também são irmãos gêmeos, lá encontrarás a resposta em cada palavra nossa, em cada gesto, em cada ponto de exclamação ou de interrogação. E só então entenderás que nossas histórias não têm ponto final, têm reticências de onde poderás partir em novas e eternas viagens ao reino do faz-de-conta. E então?  Esta viagem está apenas começando...Vambora?

Antonio Juraci Siqueira

Inscrições e informações do evento:
http://mocoham.blogspot.com

2 comentários:

Mike Wevanne disse...

Não sei porque raios esse povo só faz estes eventos no meio da semana! Gostaria de ir!

Fabricio Caxias disse...

Eu queria ir, mas ja vou ta tendo evento na UFPa

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