22 de outubro de 2010

Campanha Mundo das Trevas: Belém - Cena 1


Salve povo! Venho até vocês trazer os relatos, em forma narrativa, da campanha de Lobisomem: Os Destituidos que estou narrando via Google Docs.
Inicialmente devo dizer que essa campanha é um desejo que tenho de algum tempo de desenvolver o mundo das trevas para Belém - PA desde a sua formação no ano de 1616. Infelizmente minhas tentativas de criar um grupo presencial falharam. Todavia propus aos poucos que se mantiveram fiéis à proposta uma narrativa diferente, uma narrativa via internet, através da ferramenta Google Docs.

Devo dizer que essa ferramenta para realizar uma campanha de RPG não é nem um pouco dinâmica. Pelo contrário! Ela é lenta, mesmo contando com a boa vontade dos jogadores. Todavia o primeiro resultado foi muito motivador para mim como narrador. Nós criamos uma cena inaugural da campanha bem interessante de falas e de descrições. Acredito que no rítimo que estamos de mais ou menos uma rodada de descrição de ações para os jogadores e mestre por dia está satisfatório.

Devido a satisfação que tive com o resultado de nossa campanha resolvi trazer os relatos da primeira cena para vocês lerem. Espero que vocês gostem.


CENA 1


10 de dezembro de 1615, 10h20min.
Camarote do Capitão-Mór Francisco Caldeira Castelo Branco.
Porto de São Luís, Estado do Maranhão.

Castelo Branco aguarda sentado na cadeira de sua escrivaninha. Ele aparenta estar ancioso. Todavia sua anciosidade é amenizada com a entrada de alguns de seus homens.

Entrão no camarote Manoel dos Índios, um mestiço bem trajado, porém estas estão bem desgastadas, Yawara Amanaiara, único índio na missão de Castelo Branco, e Fernão Castelo Branco, um português aventureiro.

Eles haviam se alistado na missão de desbravar a foz do Rio das Amazonas e criar uma fortificação que servisse como base para impedir a invasão dos extrangeiros franceses, ingleses e holandeses. Esta missão foi incubida à Castelo Branco por Alexandre de Moura, o Capitão-mór da Capitania do Rio Grande do Norte e comante da conquista de São Luis do Maranhão, após ter derrotado os franceses que ali ocupavam.

- Enfim voces chegaram! - Castelo Branco é o primeiro a romper o silêncio, ainda sentado em sua escrivaninha, mas com suas atenções todas voltadas para aqueles que entraram em seu camarote - Aproximem-se! Tenho uma missão muito importante para dar a vocês.
Sem demora, Manoel dos Índios caminha até Castelo Branco e se posiciona a seu lado.

Em seguida é a vez de Fernão - bom dia, Capitão. Pelo jeito gostou do nosso recrutamento recorde em massa, não? Qual seria esta nova missão?

Yawara permanece parado na entrada mas atento ao que está sendo dito no camarote.

Com um leve sorriso no rosto Castelo Branco responde - a nova missão de vocêes é de suma importância. Precisamos de suprimentos para nossa viagem. Pedro Teixeira me autorizou a pegar a quantidade que eu conseguisse. Porém alimentos não estão sendo encontrados em grande quantidade em São Luís devido ao combate que houve aqui. O comércio ainda está se adequando às mudanças. Portanto, comida em São Luís se tornou um item caro para ser adiquirido.

Então Castelo Branco pega um saco que, ao ser manuseado, produz um tilintar que remete ao som de moedas se chocando, na outra mão ele segura um papel e os estende a Fernão - para não sermos estorquidos pelos aproveitadores, eu consegui um vendedor que irá me conseguir o que precisamos. Essa é a missão de vocês! Ir até o local combinado, pagar pelos mantimentos com essas moedas que entrego no saco para vocês e trazê-los para nossas embarcações. Já neste papel vocês irão encontrar relatos de moradores da região reclamando de assaltos e roubos sobre seus estoques de alimentos. Recomendo que vocês o leiam e usem as informações que forem úteis para garantir a segurança desses mantimentos. Sem eles não teremos como partir.

Yawara olha para o papel de longe, mas como não sabe ler a lingua do homen branco nem chega perto, todavia em sua mente ele pensa sobre os perigos que estão por vir.

Com o saco e o papel estendidos, Castelo Branco aguarda pacientemente Fernão pegá-los, porém a espera é quebrada por Manoel dos Índios - se o Capitão me permite - ele estende o braço até bem próximo do saco e do papel.

Castelo Branco olha curioso para Manoel dos Índios e, após alguns segundos, sua expressão muda para um ar de desdém - Você sabe ler?

Manoel dos Índios responde sem hesitar - aprendi com os Missionários Jesuitas, senhor - ele então recolhe o braço para então continuar - e como cresci nessa região, poderei levar o grupo até o seu contato e trazer os provimentos em segurança, se assim o senhor me permitir.

- Devo concordar com este argumento - Castelo Branco fala com um leve suspiro e balançar positivo de sua cabeça. Então ele estende o papel à Manoel dos Índios que o pega.

Manoel dos Índios passa o olhar rapidamente no documento e em seguida o dobra ao meio e guarda por dentro de seu colete de couro. Então ele retorna o olhar à Castelo Branco e ao saco de moedas.

Castelo Branco percebendo o olhar de Manoel dos Índios logo se pronuncia - agora o saco de moedas será levado por Fernão - estendendo o saco novamente à Fernão e olhando para o mesmo ele completa - estamos de acordo?

- Pode deixar, capitão. Faremos o que foi pedido - Fernão se pronuncia e, assim dizendo, pega o saco de moedas. Em seguida Fernão fica preocupado raciocinando com a possibilidade de encontrar na cidade membros da Inquisição devido ao seu passado e fica meio ressabiado em aceitar logo de cara o que foi pedido. Ele quer sair de São Luíz o mais rápido possível. Então ele retoma suas atenções à Castelo Branco - onde fica o local em que encontraremos o vendedor?

- Será na fazenda Mãe de Jesus - Castelo Branco responde - que fica na estrada que leva para o interior, a três horas de cavalgada. Vocês deverão procurar pelo Padre Pedro de Aquino. Ele é meu contato e quem nos fornecerá o que precisamos - então ele da uma breve pausa olhando para o grupo e, com um certo ar de impaciência, ele finaliza - mais alguma pergunta?

Fernão prontamente responde - não senhor. Acredito que já tenho todas as informações necessárias. Perguntaremos pelas ruas qual direção tomar para chegar à fazenda e seguiremos no rumo dela. Não concorda, Yawara Amanaiara? - Fernão olha para Yawara e Manoel dos Índios à espera deles para sair.

Yawara faz sinal de positivo para Fernão e se retira esperando que ele e Manuel dos Índios o acompanhe. Ele pensa se conhece o Padre de quem Castelo Branco falou e se na área não existe índios amigos seus com quem possa negociar uma eventual passagem ou proteção. Porém ele não consegue recordar alguma informação sobre o Padre em questão, todavia ele sabe que existe uma tribo indígena nas proximidades da área para onde vão, porém nunca teve contato com eles.

Manuel dos Índios se junta aos seus companheiros e sai do camarote. Ao sair, ele fecha a porta e em seguida olha para Fernão e Yawar e fala - vamos! Não percamos tempo. No caminho eu lerei para vocês o conteudo do papel que peguei com Castelo Branco.

Yawara interrompe Manoel questionando - por acaso você não teria cavalos Manoel dos indios? Ou está pensando em ir apé até lá?

Enquanto isso, Fernão fica pensando se a “natureza lupina” deles não poderia assustar os animais.

As palavras do questionamento de Yawara chegaram aos ouvidos de Manoel dos Índios lhe fazendo parar em um estado contemplativo. Após alguns segundos inerte, ele olha para o porto e fala apontando - vamos usar uma das carroças que estão trazendo munições aos barcos.

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Quero agradecer àqueles que nos deram o prazer de ler nossos relatos de campanha.

Também gostaria de deixar um convite para aqueles que estiverem interessados em participar da campanha. Aos interessados, por favor pronuncie seu interesse nos comentários e adicione seu nome e e-mail para contato.

Entrarei o mais breve possível em contato para viabilizarmos sua participação na campanha

4 comentários:

Anônimo disse...

Ficou bem legal =)

Eu já tentei jogar via internet uma vez com uma gama de ferramentas que proporcionava um dinamismo bem legal. A desvantagem era que como jogávamos a noite/madrugada, os jogadores dormiam, ahaha.

Ferramentas:
- Skype para audio-conferência
- VNC para broadcast da minha tela para os jogadores
- Agora para música era mais complicado, pois eu pedia para eles tocaram a mesma que eu durante a narração.

Jacó Galtran disse...

Olá. Sou autor do blog http://contosderpg.blogspot.com e gostaria de propor parceria na troca de banners. Também a convido a baixar meu arquivo . pdf que compila contos meus no link http://www.4shared.com/document/yhA0DBqY/Contos_de_RPG.htm

Desde já agradeço e sucesso a todos nós.

Daniel Coimbra disse...

opa, tô dentro!

: D

Mike Wevanne disse...

mestrei algumas partidas de jogo para uns amigos de fortaleza, num revival das aventuras que eu mestrava por lah antes de vir parar em terras papaxibeh.

eram online e eu usava o iRPG (agora RPG2ic), software destinado a partidas de RPG disponivel do site RPG online.

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