26 de novembro de 2010

Campanha Mundo das Trevas: Belém - Cena 4

Salve povo! Dando continuidade aos relatos da campanha de Lobisomem: Os Destituidos que estou narrando via Google Docs, hoje trago à vocês os relatos da Cena 4.


Para aqueles que pegaram a história a partir desse ponto e quiser voltar para ler a cena anterior, acessem o seguinte link: Cena 3.

Cena 4

11 de dezembro de 1615, 00h00min

Fazenda Mãe de Jesus, Estado do Maranhão

Manoel dos Índios entra na cabana que foi disponibilizada para seu grupo dormir. Ele observa Fernão e Yawara dormindo. Após alguns segundos ele se aproxima dos seus companheiros, agacha-se e, com a mão, toca no ombro de Yawara - acorde! É sua vez de fazer a vigília.


[OFF] Podem considerar que Fernão, apesar de sonolento, escutou o chamado de Manoel dos Índios.

Apesar de sonolento, Fernão escuta o chamdo de Manoel para Yawara, então ele se vira e fala - Algum movimento, Manoel?

- Tudo calmo e tranquilo - Manoel dos Índios responde - e vocês?

- Dormimos feito pedras - Fernão responde.

Yawara, agora desperto, responde positivamente para Manoel com a cabeça e se dirige para fora da cabana. Ao passar na porta ele para e fala - durma bem Manuel.

Já do lado de fora da cabana, ele encontra um barril cheio de água no qual ele lava seu rosto. "Vai ser uma noite longa" - pensa Yawara.

Após lavar seu rosto, Yawara caminha até o local onde a carroça, carregada e preparada para viagem, se encontra. A carroça está posicionada em baixo de uma maloca onde são guardados outros equipamentos que são utilizados na fazenda. A carga está coberta por uma grande capa.

Não há movimentação nas proximidades. O silêncio é apenas quebrado pelos animais e insetos noturnos que emitem sons na floresta próxima à fazenda.

Enquanto isso, dentro da cabana, Fernão ainda meio sonolento se levanta e sai em busca de Yawara. Ao encontrá-lo vigiando a carroça ele fala - Yawara, vou te atrapalhar se te perguntar alguma coisa durante a tua vigia?

Pode perguntar irmão - Yawara responde, dando um pouco de atenção a Fernão e ao mesmo tempo mantendo sua concentração observando a movimentação.

Cochichando, Fernão pergunta - Os índios da tua região aceitam os lobisomens ou também os encaram como bestas feras? Como tu fizestes para esconder a tua primeira transfomação?

- Para te ser sincero. Depois da minha primeira transformação eu percebi que não poderia ficar com a minha tribo, então decidi mudar pra outro lugar ou mesmo mudar para essa nova realidade. Afinal de contas, isso ocorreu a pouco mais de 6 meses, durante uma caçada para trazer alimentos à tribo. Depois de entender o que eu era, cheguei à conclusão que não mais poderia voltar. Então assim pensariam que eu estava morto. Fico feliz por ter a consciencia de que não sou somente eu que existe nesse mundo.

- Yawara, tu não sentes medo de matar alguém que tu conheças em alguma transformação? Convivi com muitas feras cuja transformação era um tormento para os humanos que estavam ao redor.

- A lei do mais forte sempre vai prevalecer. Respondido a sua pergunta, não!?

- Não sentes falta da tua família? Eu sei que a alcatéia deve representar tudo para nós, mas você não sente falta de ninguém que tu conhecias?

Yawara se cala e não respodne á pergunta.

Fernão, ao perceber o silêncio incômodo de Yawara, pensa "meu parceiro pouco difere de meus companheiros da antiga alcatéia lisboeta". Então ele volta para sua cabana com um misto de pensamentos de tristeza e preocupação pelo futuro que está por vir.

Com o retorno de Fernão à cabana o silêncio se reestabelece na área, desta forma permitindo Yawara se concentrar na vigília.

Yawara agora mais à vontade pensa "me sinto menos incomodado agora que fernão se retirou, a pergunta realmente me incomodou". Assim, com seus pensamentos, ele permanece calado mantendo sua raiva controlada e procurando se concentrar em sua vigilia.

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Após ter passado umas duas horas, a noite ter avançado até seu ápice, Yawara se encontra ainda em vigília da mercadoria que será levada por seu grupo à São Luis. Porém sua concentração é quebrada com a aproximação de um animal.

A escuridão o impede de ter uma visão clara sobre que tipo de animal se aproxima, porém é possível perceber que este se aproxima caminhando sobre quatro patas e suas passadas são silenciosas.

Então este animal pára a mais ou menos uns dez metros de Yawara e aparentemente fica-o observando.

Ao perceber nenhuma reação quanto a sua aproximação, o animal dispara em corrida na direção de Yawara e ao chegar próximo ele salta sobre sua vítima.

O impacto empurra violentmente Yawara para trás, o fazendo se desiquilibrar e cair. Na queda ele bate a cabeça em uma das extremidades da carroça e, após um gemido alto de dor, ele apaga.

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Dentro da cabana, Fernão e Manoel dos Índios escutam um gemido alto, proveniente da direção onde Yawara está fazendo a guarda da carroça com os mantimentos.

- Você escutou esse gemido? - pergunta sobresaltado Manoel dos Índios à Fernão.

- Sim! Vamos ver o que é!

Manoel dos Índios e Fernão partem rapidamente da cabana. A ausência de iluminação no local dificulta um pouco a visão, mas graças aos sentidos aguçados dos Uratha a dupla consegue entender o que ocorreu.

Chegando no local onde se ouviu o gemido, eles encontram Yawara desmaiado no chão, próximo da carroça, e acima desta eles enchergam um homem se aproximando lentamente, com a cabeça à frente, do corpo caido.

Ao perceber a aproximação de Manoel e Fernão, o homem dispara em corrida na direção da floreta, mas o que mais chamou a atenção foi que ele correu sobre as pernas e os braços, como se fosse um animal de quatro patas.

Manoel é o primeiro a chegar no corpo de Yawara e sem perder tempo ele fala à Fernão apontando na direção do homem que saiu correndo - corra atrás dele!

Fernão, Sem pensar duas vezes, dispara floresta adentro, farejando o rastro do inimigo.

Enquanto corre, Fernão muda para a forma Urhan pensando ser mais fácil perseguir o misterioso homem nesta forma. Ao chegar na entrada da floresta, Fernão fica alguns segundos concentrado procurando por rastros ou cheiros que indiquem a direção em que o homem correu. Então ele percebe alguns galhos e folhas quebrados que indicam o caminho em que seu alvo tomou. Esse caminho aponta para uma área mais densa da floresta.

Seguindo velozmente o rastro identificado e após ter se afastado da vista da fazenda, Fernão consegue enchergar seu alvo correndo a vários metros a sua frente. Então ele aperta ainda mais o passo em busca do homem misterioso, agora rosnando e latindo.

Os rosnados de Fernão alertam seu alvo de sua presença, desta forma fazendo o alvo acelerar a velocidade de sua corrida no meio da floresta, assim conseguindo ampliar a distância que separa os dois, deixando assim Fernão em dúvida sobre sua capacidade de perseguir o alvo.

Mas Fernão controla a sua selvageria, muda para a forma Urshul, pára de ladrar e rosnar e continua com a perseguição desembestado.

Durante a corrida focada em seu alvo, Fernão não percebe um galho de árvore mais baixo e se colide contra ele, desta forma brecando bruscamente sua investida.

Após vários segundos atordoado devido ao choque, Fernão retoma sua concentração e percebe que seu alvo sumiu no meio da floresta. Frustrado por ter sido despistado, ele volta correndo para o acampamento e para junto dos mantimentos, dessa vez tomando cuidando com os galhos mais baixos.

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Quero agradecer àqueles que nos deram o prazer de ler nossos relatos de campanha.

Também gostaria de deixar um convite para aqueles que estiverem interessados em participar da campanha. Aos interessados, por favor pronuncie seu interesse nos comentários e adicione seu nome e e-mail para contato.

Entrarei o mais breve possível em contato para viabilizarmos sua participação na campanha

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