25 de outubro de 2010

Campanha Mundo das Trevas: Belém - Cena 2

Salve povo! Dando continuidade aos relatos da campanha de Lobisomem: Os Destituidos que estou narrando via Google Docs, hoje trago à vocês os relatos da Cena 2.

Para aqueles que pegaram a história a partir desse ponto e quiser voltar para ler a cena anterior, acessem o seguinte link: Cena 1.


CENA 2


10 de dezembro de 1615, 14h43min
Estrada que leva para o interior do Estado do Maranhão
30 minutos após a saida da cidade de São Luís, Estado do Maranhão

O grupo, após alguns preparativos necessários, se encontra percorrendo a estrada que serve de acesso ao interior do Estado do Maranhão, conforme foi orientado por Castelo Branco.

Como planejado, a alcatéia é transportada por uma carroça larga, puxada por dois bois e conduzida por seu proprietário que foi convencido a realizar esse transporte em nome da Coroa Portuguesa.

A carroça possui dimensões com mais ou menos três metros de comprimento e dois de largura, é apoiada sobre dois eixos, cada um com um par de rodas em madeira. Devido ao seu amplo espaço, sua capacidade de transporte de carga é significativo e suficiente ao montante de alimento que o grupo pretende transportar para os barcos em que irão realizar sua viagem ao Rio das Amazonas.

Sentados na carroceria, Manoel dos Índios, Fernão e Yawara Amanaiara discutem os detalhes de sua missão.

- Chegou o momento de sabermos os relatos que estão contidos no papel que Castelo Branco me entregou - Manoel retira o papel que estava sob seu colete de couro. Ele abre o papel e passa uma rápida olhada. Após alguns segundos ele fala - Vejamos o que nos dizem os relatos.

- Relatos do Sr. Joaquim da Silva, fazendeiro da região. “Estava cavalgando rumo à cidade de São Luis, carregando comigo os lucros de nossa colheita para trocar por ferramentas e especiarias, quando fui atacado por mal feitores. Eram ao todo dez homens, alguns armados com armas de fogo, outros apenas segunrando facões. Infelizmente não tenho como descrever seus rostos pois todos estavam com suas cabeças escondidas por sacos de grãos. Logo percebi que são pessoas de baixo nível, pois suas pronuncias eram difíceis e dígnas de uns não letrados. Aqueles salafrários não contentes por levar todo meu lucro e meu cavalo, ainda me agrediram na cabeça com uma de suas armas de fogo me fazendo perder a conciência”.

Manoel faz uma leve pausa e então continua a leitura - relatos da Sra. Maria da Paz, viuva e devota da Capela de Maria de Fátima em São Luis. “Estava em minha costumeira missão espiritual de levar documentos aos padres e religiosos que realizam seu trabalho de catequização dos índios da região quando eu e meu serviçal fomos abordados por um grupo imundo, mal trapilho e mal educado. Foi horrível! Pareciam porcos charfundando a carroçava em que estávamos em busca de algo valioso. Infelizmente aqueles pecadores levaram minhas jóias e tudo de valor que carregávamos. Graças ao bom pai não nos fizeram mal. Mas algo de estranho me chamou a atenção sobre sobre aqueles infelizes. Eu não conseguia entender sua lingua. Eles se comunicavam em uma lingua que nunca escutei. Foi um pesadelo!

Manoel suspira e em seguida dobra o papel - esses são os relatos - então ele aponta o papel para Fernão e Yawara, algum de vocês quer manusear?

- Não, obrigado - Fernão responde - é curioso como ambos os relatos mencionam a forma estranha dos bandidos falarem. Tu conheces algum tipo de tribo indigena destas regiões que possa estar se voltando para o roubo, Yawara?

Yawara logo responde à dúvida de Fernão - existe sim uma tribo de índios, mas não conheço eles, então não posso dizer se estão praticando esse assaltos - Então Yawara se desliga das conversas e fica completamente a espera de um ataque que possa vir de dentro da selva que cerca a estrada.

Fernão percebendo a reação de Yawara segue seu exemplo e passa a ficar mais atento à estrada.

Após alguns segundos em siclêncio, Manoel rompe o estado de alerta de Fernão e Yawara - quero falar algo à vocês - então ele se aproxima inclinando seu tronco e cabeça até os dois sem se levantar. Com a vóz em um tom mais sério ele fala suspirando - quanto ao desejo de Castelo Branco preferir dar o saco de moedas à Fernão, quero deixar bem claro que essa situação com certeza virá a acontecer sempre. Afinal de contas eu sou um mestiço e naturalmente tantos os portugueses quando os índios irão me olhar com desdém. Todavia quero alertá-los a não confundir as coisas. Eu sou o líder dessa alcatéia. Lembrem sempre disso ou me desafiem se discordarem de meu comando - então ele recolhe o corpo de volta para trás e volta a falar já num tom menos furtivo e olhando para o condutor da carroça - então agora só nos resta ficar alertas e aguardar chegar ao nosso destino.

Fernão acena positivamente com a cabeça para as elucidações de Manoel dos Índios.

Porém Yawara se aproxima de Manoel e, seguindo o tom baixo de voz, retruca o aviso - quanto a autoridade de lider, eu nunca questionei. Além do mais, quem está nos guiando para as novas terras é você Manoel dos Indios. Disputas em tempos como esses devem ser evitadas. Você tem meu apoio até quando começar a errar.  Quando o error for maior do que o acerto, certamente estará na hora de trocarmos de lider.

Manoel dos Índios concente com um leve balançar de cabeça e um olhar profundo sobre Yawara.
 
---------------------------------------------------------


Quero agradecer àqueles que nos deram o prazer de ler nossos relatos de campanha.

Também gostaria de deixar um convite para aqueles que estiverem interessados em participar da campanha. Aos interessados, por favor pronuncie seu interesse nos comentários e adicione seu nome e e-mail para contato.

Entrarei o mais breve possível em contato para viabilizarmos sua participação na campanha

0 comentários:

Postar um comentário