3 de junho de 2010

Uma percepção sobre (também) títulos de filmes, seriados, remakes, TV aberta, TV fechada, inovidades, anos 80s e juventudes de hoje e de outras décadas


Nos últimos meses peguei-me observando as programações da chamada TV aberta e da restrita TV fechada, nem que fosse por informações de grades de programações, notícias ou mesmo downloads de fontes duvidosas. O que me despertou foi a questão dos ‘remakes’ ou ‘vamos fazer isso que já fizeram, mas com a tecnologia atual’. E nem me refiro tanto aos filmes, quem têm remakes ou continuações, refiro-me mais aos seriados.

Posso estar esquecendo, mas todos os remakes de seriados fracassaram ou não têm o mesmo sucesso de seus originais, seja em audiência e/ou em retorno dos fãs: Mulher Biônica, Super máquina, Barrados no Baile, V – A Batalha Final, Melrose.

E outro fenômeno que acompanha estes tempos recentes é a questão dos títulos no Brasil. Nas TVs fechadas os títulos geralmente permanecem no original, com a única exceção que lembro agora de “Human Target – O Protetor” e, por causa da disseminação dos seriados pela internet, os títulos têm mantido os nomes originais na TV aberta, mesmo no SBT que tem o hábito de traduções esdrúxulas dos títulos. E o SBT, me surpreendendo mais ainda, tem combinado título original com título traduzido como “The Mentalist – O Mentalista”, apesar de que "Fringe" tão teve a mesma sorte com “Fragmentos”. Já Terminator – The Sarah Connor Chronicles foi adequadamente traduzida, do meu ponto de vista, para objetivamente “O Exterminador do Futuro – Crônicas de Sarah Connor”, mantendo a fidelidade com os longas metragens.

Enquanto Hollywood perde seu brilho com remakes de filmes que pouco valorizam as obras originais ou não consegue recontar as histórias com algum primor, como Fúria de Titãs, Karatê Kid, Eu Sou A Lenda, a mesma indústria acerta (um pouco) com algumas continuações como Tron Legacy, Exterminador do Futuro: A Salvação, este por sinal usou apenas as referências dos filmes 1 e 2, já que um certo terceiro filme e um certo seriado não existem, são alucinações coletivas. Referência inclusive no título, deixando uma dispensa elegante ao não usar “4”, reforçando ter ignorado o terceiro filme, que deve ser alguma lenda urbana.

Falando um pouco mais de Exterminador do Futuro: A Salvação que só assisti recentemente, fiquei satisfeito com a continuação, apesar das falhas imperdoáveis de roteiro e bom senso:

- A soldado ter ajudado o meio-exterminador/meio-humano, apesar de já ter vivido todo o inferno de uma guerra contra as máquinas;

- Por que diabos a Skynet queria Kyle Reese separado dos outros humanos? Para atrair e matar o futuro líder da resistência humana, John Connor? Bastava matar o pai, Kyle, e pronto, e voltamos à primeira pergunta. Ou se a Skynet sabia que ele pertencia à resistência por que não o matou logo? E, neste caso, como sabia que ele pertencia à resistência?;

- Com tanta tecnologia de uma inteligência artificial e tecnologia biônica, por que diabos a Cyberdyne colocou uma porcaria de chip de controle mental (?) frágil num local tão vulnerável? Lembrando que o meio-robô foi melhorado pela Skynet, nas palavras do holograma da cientista; e

- Sem comentários maiores para o transplante de coração com 100% de compatibilidade, operado numa barraca empoeirada aberta.

Mas tenho alguns bons pontos positivos, apesar das aberrações acima:

- O filme mostra a guerra alguns anos depois de iniciada, com exterminadores vulneráveis às armas convencionais de projéteis. No filme original de 1984 os modelos T-800 eram abatidos com armas a lasers; e

- A cicatriz.

Além disso, foi muito bom ver as referências aos dois filmes, como a sequência da fábrica, os tapas pouco eficazes, a música, as frases e a dificuldade em acabar com um T-800.

Vejo esses deslizes da indústria como muito infelizes, uma verdadeira falta de criatividade, falhas tensas nos roteiros ou roteiros medíocres. Uma inovidade que aprece não ter fim tão cedo. Os anos 70s e 80s e até mesmo antes, contemplaram as gerações dessas épocas com criações novas e parece que o novo milênio atrofiou a criatividade ou recebeu uma geração de profissionais mentalmente preguiçosos, com uma indústria acomodada e exageradamente cautelosa. Em contrapartida, quem teve coragem de ousar acertou e continua acertando com Fringe, Lost, Desperate Housewives, CSI.

Gilson

3 comentários:

Daniel Coimbra disse...

Seriado que foi relido e foi sucesso: Galactica.

Quem ainda não assistiu: faça-se o favor!

: )

Gilson Rocha disse...

Caramba! Não lembro desse!

Gilson

Daniel Coimbra disse...

Passava na Manchete, se não me engano.

: )

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