2 de maio de 2010

SK - Simulador de Reinos Medievais












Permitam-me falar sobre um joguinho que conheci há uns dois anos atrás e que me cativou por seu pé no RPG: SimKingdom.

SimKingdom é um simulador de reinos medievais no estilo fórum, criado, mantido e divulgado por um grupo de voluntários. É um cenário próprio, o mundo de Mikryll, constantemente reescrito, que foca na estratégia e interpretação de papéis.

É um jogo baseado em gerenciamento de recursos, evolução de construções e treinamento de unidades, com turno de duração semanal que, em termos de jogo, equivale a uma estação (três meses).Você possui duas opções de personagem: governante e não-governante. Por se tratar de um simulador de reinos, os personagens governantes, ou soberanos, são mais indicados por haver mais material criado para eles, no entanto, para conhecer o jogo, as regras e se ambientar, os personagens não-governantes são uma boa escolha inicial.

O mundo tem um ar de Era Hiboriana, de Robert E.Howard (Conan e Kull, entre outros), mas se mantém na linha histórica, sem a existência de magia. São seis as culturas jogáveis: mersins, phelios, drakulathares, nubais, arthedalis e sarridins. Cada uma delas possui uma história própria, crenças, costumes e relações conflituosas, o que dá um sabor especial ao jogo.

Cada cultura bebe um pouco de culturas tradicionais da História, assim sendo, temos os mersins, povo de forte tradição comercial e marítima, que acreditam na evolução da alma e possuem o estranho hábito de sempre utilizar máscaras. Os phelios podem ser equiparados aos gregos e seus sucessores, os romanos, com grande apelo organizacional e militar.

Já os drakulathares, uma das culturas mais chamativas a princípio, lembram os vikings e também a sociedade drow de Forgotten Realms, uma sociedade baseada na força e na intriga, no domínio através do medo e do poder. Nubais são uma mistura de várias culturas orientais, sobretudo babilônios e indianos, cultuam um panteão de deuses, acreditam na efemeridade da vida e incessante busca pelo prazer. Os arthedalis acreditam em Ardos, o Deus Único, com uma Igreja influente e bem organizada, lembrando o medievalismo europeu, uma sociedade com princípios cavalheirescos baseados na honra e na temência a deus. Por fim, os sarridins, correlatos dos muçulmanos, esperam o retorno de seu deus, o Asha-Mitrashi, para resgatá-los e levá-los ao paraíso prometido, castos e fervorosos, consideram-se filhos de Mitrashi, um deus e Sarridínia, uma ninfa, de cujo nome forma batizados.

Além da cultura, outra escolha inicial diz respeito à classe: cavaleiro, mercador, nobre, diplomata, general ou maradack (classe exclusiva da cultura drakulathar). Restritas pela cultura, cada classe permite a aquisição de certas características importantes durante o andar do jogo.

Como personagem soberano, você deve criar seu reino, escolhendo um território livre no mapa do mundo conhecido e a partir daí, desenvolvê-lo, passando pelos vários níveis tecnológicos em quatro áreas de pesquisa: civil, militar, industrial e especial.

Cada território é capaz de produzir determinado tipo de insumo, a depender do tipo de terreno existente. Com os insumos, é possível construir melhorias e avançar para estágios superiores de civilização, aumentando a população do reino, arrecadando mais impostos e produzindo mais ciência.

Com o treinamento de tropas, seja infantaria, artilharia ou cavalaria, é possível expandir suas fronteiras, conquistando mais territórios, transformando seu reino em um império. Para tomar cidades fortificadas, é possível construir máquinas de cerco, como catapultas ou balistas. Entretanto, se você é um soberano que acredita na paz e na lábia, pode muito bem deixar de lado o militarismo e criar um grande conglomerado de colônias anexadas diplomaticamente, valorizando a Ordem Civil da nação como um todo.

Além do desenvolvimento do reino, é possível também interagir com os demais jogadores através de diplomacia, comércio, eventos e participação em organizações especiais.

SK se encontra em sua segunda edição, já passou por algumas mudanças nas regras e, por se tratar de um projeto gratuito, aberto e voluntário, está em contínuo teste e desenvolvimento.
Com seis opções de cultura, seis classes, nove níveis tecnológicos, mais de quarenta tipos de melhorias, algumas exclusivas para determinadas culturas, grande variedade de recursos a gerenciar e várias formar de participar, além da postagem semanal referente ao turno de jogo, SK é uma opção interessante de entretenimento, que vale a pena conferir.

Adentre o mundo de Mikryll e escreva sua história!



1 comentários:

Gilson Rocha disse...

Diferente. Nem imagino como seja jogar nesta modalidade.

Gilson

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