5 de maio de 2010

Magia e Fantástico: O Despertar (Introdução de Uma Idéia - Continuação)

Salve povo! Conforme prometido, venho até vocês trazer mais idéias que estou desenvolvendo para o Magia e Fantástico: O Despertar, que para economizar no texto estarei chamando de M&F daqui em diante.

Mas antes de contiuar apresentando as idéias, vou responder às considerações do Fernando Alves na matéria da semana passada.

"Na verdade a idéia de acreditar por acreditar não me agrada (apesar de ser cristão e esse ser um dos dogmas do cristianismo), isso no cotidiano social é alienação, não devemos acreditar nas coisas (nos fatos, nas estruturas...) mas sim pensá-las, desvendá-las, entendê-las. "Quem não pensa é pensado", já dizia Cipriano Luckesi (1991). Por isso, deveria-se pensar em como abordar isso, para que não seja feita uma analogia a alienação e, consequentemente, a manutenção do status quo. Mas voltando a discussão inicial, nesse sistema isso ficaria em aberto, ou teriamos que definir: Acreditar em quê? Deus(es)? Energias?".

Apesar de que o conceito de Crença está muito próximo da idéia da Fé, ela não se limita aqueles que seguem uma religião, culto ou doutrina.

"Fé - sf (lat fide) 1 Crença, crédito; convicção da existência de algum fato ou da veracidade de alguma asserção. 2 Crença nas doutrinas da religião cristã. 3 A primeira das três virtudes teologais. 4 Fidelidade a compromissos e promessas; confiança: Homem de fé. 5 Confirmação, prova. 6 Testemunho de certos funcionários que faz força nos tribunais; confirmação de um testemunho. F. conjugal: fidelidade que reciprocamente se devem os cônjuges. F. de carvoeiro: crença inabalável, que não tende a razões ou argumentos. F. de Cristo: a crença ou a religião cristã. F. de ofício: a) folha de serviços de um funcionário ou de um militar; b) fé baseada na honra do cargo ou profissão de quem atesta ou abona. F. de réu: certidão pela qual o oficial público declara haver citado alguém para qualquer fim. F. divina: crença que se apóia na revelação. F. humana: a que se assenta na autoridade dos homens. F. implícita: a que, sem prévio exame, se deposita em alguma coisa. F. pública: confiança que as instituições ou os magistrados públicos nos inspiram. F. púnica: promessa desleal, traição. "Mais vale a fé que o pau da barca" (provérbio): aplica-se quando algo aconteceu como por milagre. Boa fé: a) convicção de agir de acordo com a lei; b) ausência de má intenção. Má fé: má intenção; maldade".

Portanto, com este conhecimento, estou idealizando para o jogo um mundo onde, até então, não havia magia. Porém, por alguma causa não desvendada, pessoas passaram a aflorar poderes mágicos ou fantásticos e o gatilho desses poderes seria a Crença.

Pretendo desenvolver a Crença como algo não exclusivo aqueles seguidores de uma religião, culto ou doutrina. Pretendo atribuir à Crença o poder do personagem de acreditar que ele pode realizar alguma ação mágica ou fantástica.

Imaginemos um personagem que dedica sua vida ao desenvolvimento e crescimento de sua atividade. Graças a sua dedicação, resultados surgiram. Com esses resultados, esse personagem passa a considerar que pode ir um pouco mais além. Conforme sua dedicação e treinamento for se intensificando, o personagem passa a realizar ações que pouquíssimos homens podem realizar. Então, a partir deste momento, a magia e o fantástico irá despertar no personagem. Ele passará, dependendo das crenças deste, a creditar que ele é um ser especial, mágico ou abençoado. A partir deste despertar o personagem passará a realizar feitos mágicos ou fantásticos. Conforme sua dedicação e crença forem se intensificando maior será seus poderes. Percebam que estou usando a Crença como limitador dos poderes do personagem.

Permitam-me exemplificar com um personagem que dedica sua vida ao treinamento de artes marciais. Conforme sua dedicação aumenta, suas habilidades na arte passam a ficar bem apuradas. Em um dado momento, graças ao seu treinamento, ele passará a realizar ações sobrehumanas, tais como "movimentos rápidos", "golpes fulminantes", "saltos de canguru", etc. Resumindo, este personagem depositou sua crença na arte marcial a que ele se dedica e partir de um dado momento ele despertou o fantástico dentro de sí.

Naturalmente, pretendo mais a frente desenvolver uma "Hierarquia de Pecados" para a Crença e como será sua relação de ganho e de perda e que consequências ocorrerão sobre o personagem.

As questões de "como esses poderes surgiram", "quem ou o que os impedia de aflorar", "porque só agora as pessoas passaram a desenvolver esses poderes", pretendo desenvolver em um outro momento. Pretendo criar uma espécie de novela, onde os personagens principais sejam os personagens dos jogadores. Portanto, revelar a origem e os porques dos poderes que eles estão desenvolvendo será desenvolvido por mim nessa novela. Acredito que isso não será um impeditivo para outras pessoas usarem a idéia do jogo para criarem outras campanhas.

O que vocês acharam?

Deixem seus comentários para me ajudar a desenvolver cada vez melhor essa idéia de jogo.

Na semana que vem pretendo desenvolver minhas idéias sobre a criação do personagem.

2 comentários:

dklautau disse...

Fala Raga. Acho coerente, dentro do sistema que você propõe, a idéia da crença ser auto-sustentada. Claro que é uma auto-suficiência herética em termos metafísicos (o que importa é a crença em si , como uma substância de propriedade do homem, e não no objeto da crneça em si. Dess emodo, posso tirar poderes de Deus, do capeta, do saci-pererê-, do tao kungfuniano, do E.T. ou do cramulhão do Rei do gado).

Em termos de jogo, e para ficar no pragmatismo politicamente correto e limpinho, pebnso ser bem viável essa aletrnativa (it´s all about fun!!!).

Abs.

Gilson Rocha disse...

Bem interessante! No futuro ficará bom num PDF.

Gilson

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