16 de dezembro de 2009

Perfil do RPGista: Matheus "Damaran"

Salve povo! Hoje é dia de Perfil do RPGista. Vamos conhecer o RPGista entrevistado e o que ela pensa.


1) Qual o seu nome?
Matheus Bueno de Bueno Funfas. É, um nome bem esquisito...

2) Você tem algum apelido? Caso sim, qual é?
Apelido do tipo “passaram a me chamar assim pra me zoar” só o sobrenome mesmo. Tem gente que só me conhece por Funfas, e nem sabe que me chamo Matheus. Já pseudônimo eu uso Damaran.

3) Qual sua data de nascimento?
04/02/1987. Infelizmente nenhuma data de conjunção planetária, nem de profecia milenar egípcia...

4) Qual a sua naturalidade?
Londrina, Paraná. Mas morei os últimos 10 anos em Macapá e 5 anos em Belém, então me considero nortista.

5) Em qual cidade você mora?
Atualmente em Londrina, no Paraná. Em fevereiro desse ano acabei voltando às origens.

6) Qual a sua formação educacional e/ou profissional?
Sou formado em Jornalismo pela Unama, e estou cursando Marketing e Propaganda pela Unopar. Quero ver se começo um mestrado ano que vem.

7) Você joga RPG a quanto tempo?
Comecei a jogar em 2000, mas já havia tido contato com RPG desde moleque, porque meus primos mais velhos jogavam o pré-histórico D&D 1º Edição.

8) Como você conheceu o RPG?
Bom, quando era mais novo eu já tinha visto meus primos jogando “uns jogos esquisitos com dados”, mas meu primeiro contato de verdade (leia-se: primeira vez que joguei e que entendi bem o que era) foi no 1º ano do colégio. Um grande amigo meu chegou na aula com uma Dragão Brasil, com Darkstalkers na capa, e quis ensinar a gente a jogar. Ele jogava Trevas, mas achou melhor mestrar 3d&t pra galera, então começamos nossas mesas com uns 5 jogadores. Dessa galera, uns 3 (contando comigo) ainda jogam.

9) Qual(is) o(s) seu(s) jogo(s) de RPG favorito(s)?
Ah cara, são vários. Meu preferido, acho que até pela questão do tradicionalismo, é D&D. Adorei o Sistema d20, e torci o nariz quando a WotC lançou a 4ª Edição (aquilo devia se chamar Dungeons & Dragons Tatics). Mas gosto de muitos outros: Mago, pela complexidade do cenário e pelas sacadas geniais do material; Castelo Falkenstein, pelo charme da ambientação e pelo sistema interessante; Paranóia, pelo humor negro sem igual; Defensores de Tóquio (o primeiro), pela simplicidade debochada; GURPS, pela versatilidade; Trevas, por me tornar um “ateu temporário” quando li pela primeira vez; Nobilis, pela abordagem única; e por aí vai...
Minha futura aquisição provavelmente será Pathfinder, por ser o legítimo herdeiro espiritual da 3ª Edição.

10) Qual o tipo de personagem que você mais gosta de interpretar?
De tudo um pouco. Acho que depende muito do clima da mesa, da proposta da campanha, do estilo de cenário e, principalmente, da maturidade dos jogadores envolvidos. Geralmente faço personagens bem-humorados, mas também adoro interpretar vilões com motivações humanas e plausíveis ou NPC's irritantes. É muito divertido ver os jogadores com vontade de espancar um npc, com razão. Não curto muito o melodrama emo da maioria dos personagens de Vampiro, por isso poucos mestres me convidam pra jogar Storyteller. =p

11) O que você prefere ser: mestre ou jogador?
Mestrar! Adoro ser jogador, mas foram poucas as vezes em que encontrei um mestre que me mantivesse entretido em uma história (a grande maioria ou usava clichês tolkenianos demais, ou puxavam para o “lado Tormenta da força”, que eu abomino). E como os dois últimos grupos que tive curtiam cenários “da casa”, eu acabava mestrando. Embora ultimamente o tempo anda curto pra preparar campanhas...

12) Você está atualmente participando de alguma campanha? Caso sim, qual é?
A última vez que joguei (na verdade, mestrei) foi há mais de um ano, em outubro de 2008. Como me mudei pro Paraná em fevereiro deste ano, tive que priorizar trabalho, estudos e outras atividades, então ainda não encontrei um grupo fixo.

13) Você está participando de algum projeto ou trabalho voltado ao RPG?
Atualmente de três. Um cenário de humor, em parceria com o André Mousinho e em conjunto com o pessoal da Casa de Plástico, chamado O Reino de Bundhamidão, que será lançado no primeiro semestre de 2010. Um projeto pessoal de um cenário de fantasia bem diferente (sem nenhum elemento tolkeniano), que não faço idéia de quando vai sair do papel. E também estou participando como um dos editores e redatores da revista virtual RPG Magazine.

14) Qual sua opinião sobre o cenário do RPG no Pará?
Acredito que a região norte, encabeçada pelo Pará, tem um imenso potencial de desenvolvimento no setor do entretenimento, em especial o RPG, cardgames e jogos de tabuleiro. Embora não esteja mais morando aí, estou acompanhando de perto os projetos da Casa de Plástico e a cobertura do cenário rpgista, através do RPG Pará, e vejo que temos força para criar um mercado forte na região. Se pararmos pra pensar, o público que consome Hqs no estado é um dos maiores do Brasil (fora o fato de que temos ilustradores renomados internacionalmente vivendo aí), e este público em sua maioria conhece, joga ou tem algum contato freqüente com o nosso hobbie. Basta apenas uma jogada de marketing audaciosa para arrebanharmos centenas de novos jogadores e criarmos um núcleo de produção e consumo de jogos. O potencial está todo aí, basta saber explorar.

15) Você gostaria de deixar algum recado para os RPGistas?
Para os rpgistas da região norte: acreditem no seu potencial. Invistam mais nos elementos que vocês tem à disposição e fortaleçam o mercado local. Existem inúmeros eventos culturais na cidade que podem ser “apoiados” por estúdios de desenvolvimento e produção lúdica. Aqui no sul é comum ONGs de apoio e incentivo à leitura, educação e cultura, através de jogos. Criem uma nestes moldes. Aos rpgistas de todo o país: parem de depender da Devir. Não tenho nada contra a editora, mas esperar que ela lhes entregue de bandeja os materiais exatos que vocês esperam (e com uma demora razoável) é besteira. Não precisamos importar à torto e a direito, basta produzirmos material de qualidade por aqui. A REDE RPG, embora muitos critiquem, tem mostrado garra ao produzir o OGL 20, como alternativa à hegemonia da 4ª Edição. A Daemon mostrou que pode fazer bonito com RPG Quest, basta ter criatividade. E mesmo aqueles que traduzem materiais de fora, como a Jambô, mostraram que não é preciso se apegar à gigantes, como a WotC e White Wolf, para produzir material de qualidade. É tudo uma questão de idéias, bom senso e mãos-à-obra...
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ATENÇÃO!!!
Estamos procurando por RPGistas Paraenses (residentes ou não no estado) ou RPGistas de outros estados ou nações, residentes ou que já residiram no Estado do Pará, que queiram participar do Perfil do RPGista. Para participar basta enviar um e-mail para rpgpara@hotmail.com respondendo as respostas das 15 perguntas frequentemente usadas nas entrevistas e anexar uma foto do RPGista.

3 comentários:

John Bogéa disse...

Bela entrevista, e esse recado final até me empolgou :)

Funfas disse...

Hehehe, que bom se empolgou alguém. Quero ver garra nesse mercado daí, porque potencial tem de sobra.

Mais uma vez, obrigado pelo espaço cedido pelo RPG Pará. Esta idéia do perfil do rpgista nos ajuda a conhecer melhor o público que integra nosso próprio estado, e isso é ótimo em vários aspectos.

Continuem fazendo um ótimo trabalho. Votos de sucesso! =]

Gilson Rocha disse...

Bem legal mesmo o recado final.

Gilson

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