6 de agosto de 2009

Perfil da Semana: Glailson "Parrudo"

Sale povo! Hoje é dia de Perfil da Semana. Portanto, vamos conhecer o RPGista da semana e o que ele pensa.

1) Qual o seu nome?
Glailson Augusto Rocha dos Santos.

2) Você tem algum apelido? Caso sim, qual é?
Hum... Apelido?... Os caras do meu grupo original de jogo costumam me chamar de "Parrudo", mas isso não tem nada a ver com RPG.

3) Qual sua data de nascimento?
10 de janeiro de 1982

4) Qual a sua naturalidade?
Graças a Gaia, nasci aqui em Belém mesmo, não imagino lugar melhor pra se nascer. Adoro essa Cidade.

5) Qual a sua formação educacional e/ou profissional?
Fiz Ciências Sociais na UFPA, mas acabei trancando o curso, no momento estou concluindo Agronomia na UFRA, me formo em Setembro, se tudo der certo, já tava mais do que na hora. Trabalho na Secretaria de Ciência e Tecnologia do Governo do Estado.

6) Você joga RPG a quanto tempo?
Comecei a jogar no início de 97, quando fazia preparatório pra antiga Escola Técnica Federal, então, tem mais de 12 anos. (Não, não cheguei a passar na escola Técnica, mas o meu irmão cursou o extinto curso de Processamento de Dados lá).

7) Como você conheceu o RPG?
Moro na Cidade Nova, os caras lá da rua se reuniam em uma casa na frente da minha pra jogar e faziam o maior mistério, a gente só via eles entrando, com uns livros estranhos de capas assustadoras e ficavam gritando por horas. Como tinha um amigo de escola que jogava com eles, acabei descobrindo que se tratava de um jogo, um tal de RPG (Por acaso eles jogavam lobisomem, mas se recusavam a emprestar os livros). Sempre gostei de livros e boas histórias, assim, a idéia de contar minhas próprias histórias através de um livro e da pura imaginação, me pareceu muito interessante. Pro meio de um amigo que fazia parte daquele grupo, consegui bater uma xerox de Tagmar. Como não conhecia pessoalmente nenhum narrador e o grupo da rua fazia questão de se manter envolto em mistérios, comecei a narrar por pura necessidade e acabei formando um grupo próprio para vizinhos e amigos da escola.

8) Qual(is) o(s) seu(s) jogo(s) de RPG favorito(s)?
kra, sou daqueles que reivindicam D&D como a mãe de todos os RPGs, então adoro D&D e o estilo Fantasia Épica (todas as edições menos a 4.0). Também sou fã do velho e bom Storyteller, sobretudo o clima épico e apaixonado do Apocalipse e a psicodelia filosófica de Mago, adoro a metafísica por trás da ambientação e os conceitos complexos do jogo. Faço parte do grupo de bravos resistentes que insistem em manter vivo o que hoje já está sendo chamado de "Velho Mundo das Trevas". Abaixo a simplificação gratuita em nome do lucro rápido!

9) Qual o tipo de personagem que você mais gosta de interpretar?
Bem, nesse ponto sou assumidamente piegas, adoro interpretar heróis, heróis complexos, é verdade, com seus próprios conflitos e incompreensões, mas acima de tudo heróis. Sou daqueles que sempre espera que o jogo seja uma alegoria para conduzir os participantes a uma “moral da história” que apesar de dura algumas vezes, é sempre construtiva, se não para os personagens, mas, pelo menos, para os jogadores envolvidos.

10) O que você prefere ser: mestre ou jogador?
Dá pra ser os Dois? Brincadeirinha... A verdade é que eu prefiro jogar, apesar de já ter começado narrando e ter narrado muito mais do que jogado, contudo, confesso que como jogador sou um cara ainda mais chato que o usual, tenho que gastar todos os meus pontos de força de vontade pra tentar não ficar dando pitecos na história. É terrível... Mas rezo sempre para encontrar narradores pacientes e compreensivos como os do Projeto que faço parte.

11) Você está atualmente participando de alguma campanha? Caso sim, qual é?
Sim, faço parte do Projeto Augúrio, interpreto um Filho de Gaia Fostern Ahroun Mestre de Capoeira/Pai de Santo, chamado Sebastião "Clamor-dos-Tambores-Ancestrais". Também narro uma mesa de D&D 3.5 que já tem quase dois anos pra velhos amigos lá na cidade nova, a maioria já está casado e tem até filhos, por isso a gente joga sempre que dá. Comecei recentemente uma mesa de “Lobisomem: O Apocalipse” para apresentar o jogo pra esposa de um amigo, foi a forma que encontramos para evitar que ela implique com a gente quando saímos pra jogar.

12) Você está participando de algum projeto ou trabalho voltado ao RPG?
Como disse no momento estou participando como jogador no Projeto Augúrio, por causa da faculdade e do trabalho não pude ajudar na coordenação do Projeto, mas, com a minha formatura marcada pra Setembro, espero poder contribuir de alguma forma nesse novo projeto do qual você faz parte.

13) Qual sua opinião sobre o cenário do RPG no Pará?
Acho que vivemos momentos difíceis, mas que o pior já passou. Tenho a impressão que jogadores e narradores estão voltando a se organizar e que teremos dias melhores e mais divertidos pela frente. A galera do RPG é dedicada e apaixonada, só precisamos nos organizar e não deixar que a comunidade rpgistica de Belém e adjacências se isole em guetos. O jogo ainda sofre muito preconceito, precisamos mostrar pra sociedade que RPG é uma diversão saudável, que estimula a leitura, a aquisição de novos conhecimentos, a imaginação e a socialização. Em uma sociedade cada vez mais individualista e opressora, onde as pessoas passam pelo lado uma das outras sem sequer se olharem, o jogo propicia uma oportunidade de fazer amigos, refletir sobre o mundo a sua volta, exercitar a tolerância e a cooperação e libertar a imaginação das amarras do senso comum.

14) Você gostaria de deixar algum recado para os RPGistas?
Jogar RPG deve ser sempre uma surpresa e uma diversão, mas acredito que há duas formas de se encarar o jogo: Como uma forma de fuga de uma realidade pálida, indiferente, egoísta, mesquinha e opressora; ou como uma oportunidade para se refletir a cerca da realidade e de nós mesmos, através de alegorias e simbolismo, de maneira divertida e criativa, para, quem sabe, até mesmo tentar mudar aquilo que não apreciamos no mundo a nossa volta. Recomenda ao leitor que busque seguir este último caminho, pois apesar de mais trabalhoso, oferece as melhores recompensas.

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